NIGEL inicia remodelação total com vista à certificação internacional da empresa

Nigel inicia remodelação total com vista à certificação internacional da empresa

 

NIGEL

A Nigel-Congeladora José Nicolau, empresa dedicada à transformação, congelação e comercialização de pescado, fundada em 1958, iniciou ainda antes de completar 60 os anos de existência, uma remodelação das suas instalações que envolve um investimento de cerca 2 milhões de euros.

José Nicolau, Presidente do Conselho de Administração da Nigel, conta que “a remodelação foi fundamental para sobrevivermos porque exportamos metade do que produzimos e cada vez mais as exigências são fortíssimas a todos os níveis, desde a higiene ao controlo de qualidade, e tivemos de reformular tudo”.

O Presidente da Nigel lembra que “mais do que alargar os mercados para onde exportamos, numa primeira fase era importante manter os que tínhamos e, ou fazíamos as obras ou, como qualquer unidade que não acompanhe a evolução dos tempos, começávamos a perder mercados”.

Foi há cerca de um ano que se concretizou esta reformulação, que permitiu à unidade fabril com sede junto a um dos principais portos portugueses, o porto de Peniche, garantir a certificação IFS, International Featured Standards, integrada na GFSI (Global Food Safety Initiative), uma iniciativa reconhecida internacionalmente na auditoria de fabricantes de comida, com foco na segurança e qualidade dos processos e produtos.

“Para alem da remodelação, de recuperarmos a unidade, que ficou nova, é evidente que graças à reformulação conseguimos a certificação IFS que de outra forma não teríamos conseguido”, acentua José Nicolau.

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Neste momento, a capacidade de armazenamento em frio da Nigel é de 18.500 m3; a capacidade de congelação atinge as 8t/hora e a capacidade de embalamento 5t/hora.

Exporta para 22 países, nos cinco continentes, tendo a França como principal mercado europeu, mas também exporta para Inglaterra, Bélgica, Holanda, Roménia e Ucrânia e para mercados fora do continente europeu como a Austrália, Hong Kong, Canadá, América e Médio Oriente. Os produtos exportados vão desde a sardinha ao carapau, passando pelo polvo, o red fish e a tintureira. “Trabalhamos uma grande diversidade de peixe consoante as necessidades dos mercados”, explica o Presidente da Nigel.

Já por várias vezes recorreram a apoios públicos dirigidos ao setor da pesca. Mais recentemente candidataram-se ao Mar2020 com vista a assegurar a necessária modernização da fábrica. “A remodelação foi o complemento do que já havíamos feito até agora, sendo a grande inovação conseguida graças à modernização das instalações, começar a trabalhar com comidas prontas, sempre à base de peixe, como, por exemplo, hambúrgueres de cavala e de salmão e polvo à lagareiro – tudo “prontinho” e não pré-cozinhado, em que basta chegar a casa, ligar o forno e está pronto para comer”, detalha José Nicolau.

“O resultado deste investimento foi, em primeiro lugar, contribuir para a sustentabilidade da empresa e, estando ligada à  pesca, somos naturalmente mais uma unidade de escoamento da matéria-prima, mas, no entanto, a sustentabilidade está mais ligada aos barcos de pesca por haver cada vez mais restrições e quotas para cumprir, as entidades oficiais assim o obrigam, sob pena de qualquer dia não haver peixe a não ser de aquacultura”, conclui José Nicolau.

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