NOVA UNIDADE DE PRODUÇÃO LUÍS SILVÉRIO permitirá aumentar volume de negócios em mais de 30%

NOVA UNIDADE DE PRODUÇÃO LUÍS SILVÉRIO permitirá aumentar volume de negócios em mais de 30%

 

LUÍS SILVÉRIO

Luís Silvério, o fundador da empresa, com mais de 25 anos dedicados à comercialização de pescado fresco e congelado na Nazaré, criou uma nova unidade fabril, “um investimento apenas possível com o apoio do Mar2020”, refere. “O apoio foi fundamental para a evolução da empresa, que viu o volume de negócios passar de €16M, que tínhamos em 2016, para os €22M, em 2017, porque os clientes souberam deste nosso projecto”. Em 2018, atingiram os €22,5M e, com a nova fábrica, pensam conseguir “aumentar um pouco mais”, revela o empresário.

“O Mar2020 reconheceu a importância deste nosso projecto para o país”, acrescenta Luís Silvério, explicando que, nesta nova unidade, irá “fazer melhor e com mais qualidade”.

Acrescenta ainda que “A modernização da empresa torna o trabalho mais viável, conseguem-se melhores produtos como é o caso, por exemplo, dos elaborados, em que iremos produzir mais, com melhor qualidade e apresentação”.

Esta fábrica contou com um apoio de €13M do Mar2020 e apresenta novidades absolutas em termos de tratamento do pescado em Portugal. A unidade integra processos inovadores, nomeadamente “uma sala de embalagem de peixe fresco – a Sala Branca, com atmosfera renovável, sem bactérias –, mas também novas formas de apresentação como o filete e o peixe seco processado em ambiente industrial de forma aproximada ao natural”, acrescenta o empresário.

Na unidade fabril será efectuada a transformação de carapau e de outras espécies com baixo valor comercial como a cavala, o verdinho e a salema. A capacidade de produção de pescado congelado deverá atingir as 15 mil toneladas por ano. O pescado refrigerado totalizará as 10 mil toneladas/ano. Já para a produção de pescado salgado e/ou seco, existem pretensões na ordem das 840 toneladas/ano.

LUÍS SILVÉRIO

“Preparar o peixe de forma tradicional e com as mesmas técnicas, mas com uma qualidade superior – porque será feita em salas devidamente condicionadas e sem qualquer possibilidade de contaminação – é algo único em Portugal”, acentua Luís Silvério. “Os filetes de peixe e peixes inteiros esviscerados, limpos, prontos a cozinhar, ao serem embalados em vácuo e em atmosfera controlada, apresentam uma validade até 7 dias ou superior”, explica ainda.

Quanto ao peixe seco, “a secagem será feita em estufa e é um produto cujo processo iremos querer certificar”, anuncia.

Dos objectivos preconizados por Luís Silvério para a nova unidade constam ainda a poupança de energia (através da aquisição de painéis fotovoltaicos e iluminação LED) e redução do impacto no ambiente, incluindo o tratamento de resíduos, mas também a melhoria da segurança, higiene, saúde, assim como as condições de trabalho. Está prevista a contratação de mais 10 pessoas em permanência devido a esta modernização da unidade de produção nazarena.

Luís Silvério salienta que “na nova unidade têm possibilidade de “congelar e armazenar mais peixe, permitindo equilibrar a oferta e a procura, uma vez que o mar nem sempre oferece constância de peixe”.

O pescado fresco é adquirido directamente nas lotas nacionais, respeitando sempre a sustentabilidade das espécies. Posteriormente é distribuído para o território português ou além-fronteiras, de acordo com as solicitações dos clientes. Através da frota de viaturas, devidamente equipadas e com capacidade para transportar várias tonelagens, é garantida a frescura e qualidade dos produtos da pesca até ao destino final.

Graças à nova fábrica vão alargar as exportações para a Alemanha, a Suíça e a França, sendo que actualmente já vendem os produtos para os E.U.A., Canadá, Itália e Espanha. 10% da produção é escoada além-fonteiras, mas Luís Silvério pretende ver aumentada esta percentagem para 15% a 20%. A restante produção destina-se ao mercado nacional.

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