O projeto “iNOVPESCA”, realizado com o apoio do Mar 2020, é um projeto da Universidade do Algarve, coordenado pelo grupo das Pescas, Biodiversidade e Conservação do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), que conta com a colaboração de pescadores e associações de pescadores de Olhão, Culatra e Quarteira. O projeto tem como objetivo reduzir as capturas acidentais de espécies marinhas protegidas em pescarias costeiras Algarvias através da inovação de procedimentos e a adoção de técnicas de mitigação.
Com este projeto, pretende-se avaliar e monitorizar problemas associados à interação de cetáceos e outras espécies protegidas (como por exemplo, tartarugas marinhas e aves) com as pescarias, procurando resolvê-los testando métodos de mitigação. Desta forma, incentiva-se uma melhoria da relação entre as pescas e as espécies marinhas protegidas, especialmente de cetáceos, através da utilização de alarmes acústicos tanto nas redes fixas (emalhar e tresmalho) como no cerco, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, com a redução de capturas acidentais, e para a sustentabilidade económica, com a redução de danos nas artes e nas capturas. Este projeto constitui um caso de estudo que poderá ser alargado a outras áreas costeiras do país.
O projeto iNOVPESCA é o terceiro projeto em Portugal continental que se dedica a avaliar, monitorizar e mitigar conflitos entre pescas e espécies marinhas protegidas, neste caso com especial foco em cetáceos, mas foi, no entanto, o primeiro com dedicação estrita ao Algarve, uma área de costa com muito valor cultural ligado às pescas.
Os problemas pescas-cetáceos (ou outras espécies marinhas protegidas) são sempre muito específicos, o que faz com que medidas de mitigação que resultam em certas partes do mundo e com determinadas espécies, não sejam solução para outras, sendo a mitigação um contínuo desafio.
No seu Relatório Final , a Universidade do Algarve recomenda a adoção de boas práticas, sendo um ato voluntário por parte dos pescadores.
Mar 2020: faz acontecer com sustentabilidade!