2 de maio – Dia Mundial do Atum

No ano de 2016 foi estabelecido na Assembleia das Nações Unidas o Dia Mundial do Atum tendo-se escolhido o dia 2 de maio. O primeiro dia foi celebrado em 2017 e tem como objetivo a sensibilização pública para a preservação das espécies, algumas delas em risco por sobrepesca. De acordo com dados da FAO (organismo da ONU) todos os anos são capturadas 7 milhões de toneladas de atuns.

2023-05-02

Considerando que os atuns são grandes migradores, que percorrem anualmente milhares de quilómetros e atravessam diversas águas de jurisdição de diversos países, a sua conservação tem de ser coordenada a nível regional.

Nesse sentido, sob a égide da FAO, foram criadas 3 organizações regionais de pesca (ORP): ITTC (Atlântico e mar mediterrâneo), IOTC (Índico) e IATC (pacifico) que estabelecem anualmente TAC (totais admissíveis de captura) e quotas (distribuição entre os estados-membros) para as várias espécies de atuns. Atualmente existem 96 estados-membros das ORPs envolvidos na sua gestão e conservação.

A maioria das capturas de atum em Portugal realiza-se nas regiões ultraperiféricas dos Açores e Madeira e é feita utilizando um método de pesca sustentável conhecido por salto e vara. Esta pesca utiliza isco vivo e chuveiros na borda das embarcações para atrair os atuns que são capturados com recurso a canas de pesca. Trata-se de um método que exige um esforço humano significativo e exige um grande número de tripulantes.

No continente a pesca do atum é efetuada com recurso a armações localizadas no Sul do país: grandes armadilhas fixadas no mar onde os atuns no seu percurso migratório de pós desova (normalmente no cantábrico) são capturados no regresso ao mediterrâneo. Os atuns permanecem nas armadilhas durante um período onde são alimentados. Este tipo de pesca tem a vantagem de ser energeticamente eficiente e de possibilitar uma melhor gestão do escoamento do pescado no mercado.

No âmbito do PO MAR2020 as embarcações foram apoiadas em 4 ações distintas:

  1. Apoio à modernização das embarcações com vista à melhoria das condições de trabalho e segurança, aumento da eficiência energética;
  2. Compensações financeiras relacionadas com o aumento de custos associados às Regiões Ultraperiféricas (RUPs);
  3. Apoio às cessações temporárias das embarcações relacionadas com o surto de COVID-19;
  4. Compensações financeiras com vista a atenuar o aumento dos custos energéticos relacionados com a guerra da Ucrânia.

 

N. Operações

Investimento

Apoio público

Fundo UE

Apoio nacional

Investimentos a bordo

129

4 355 556 €

2 986 298 €

2 235 356 €

750 942 €

Compensações RUP

1488

 

13 523 246 €

13 523 246 €

0 €

Cessações COVID

181

 

196 252 €

147 189 €

49 063 €

Comp. custos energia

320

 

683 244 €

512 433 €

170 811 €

Total

2118

4 355 556 €

17 389 040 €

16 418 225 €

970 815 €

 

Mar 2020: faz acontecer com sustentabilidade!

 

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