O objetivo principal do projeto DIVERSIAQUA – Diversificação, Inovação e Desenvolvimento da Aquacultura em Portugal, desenvolvido na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, é contribuir para diversificar e fomentar a produção nacional com base no conhecimento e na inovação. A transferência do conhecimento para o tecido produtivo e a formação técnica contribui para a maior rentabilidade e a qualidade dos produtos da aquicultura nacional.
O projeto, em realização com o apoio do Mar 2020, foca-se principalmente em 4 grandes áreas:
- na Diversificação das espécies marinhas produzidas, ao desenvolver e/ou optimizar protocolos de reprodução e/ou cultivo de espécies marinhas, tais como ouriço do mar, holóturia, polvo, corvina, lírio, sardinha e microalgas e macroalgas, com interesse comercial para diversas indústrias (aquacultura terrestre e oceânica, alimentar, farmacêutica, ecoturismo, etc.) e para repovoamento e conservação da natureza.
- na Alimentação e Nutrição, na identificação de matérias-primas alternativas às farinhas e óleos de peixes, fomentando a economia circular, que permitam desenvolver formulações de dietas para peixes, e outros organismos aquáticos, nutricionalmente equilibradas optimizando a conversão alimentar, reduzindo perdas e optimizando crescimentos; identificar e dosear suplementos dietéticos (minerais vitaminas, imuno-estimulantes) para compensar o uso de ingredientes alternativos, de forma a proteger o sistema digestivo e imunitário dos peixes.
- no Bem-Estar Animal como forma fomentar a resistência face a situações extremas (nutricionais, climáticas ou outras), insistindo no cumprimento de boas práticas por parte do sector e nas vantagens da profilaxia, bem como no desenvolvimento de indicadores de bem-estar, na definição de valores de referência para as espécies cultivadas.
- na utilização de Tecnologias, de Metodologias e de Energias alternativas, que promovam a sinergia do binómio Aquacultura e Ambiente, através de sistemas de produção integrados e de sistemas intensivos em recirculação com temperatura e qualidades da água controladas utilizando energias alternativas. Na utilização de tecnologias e de outras espécies marinhas na recuperação de ecossistemas abandonados para melhorar a qualidade ambiental, através da utilização e reciclagem dos nutrientes dos diversos sistemas de cultivo, podendo proporcionar maior rentabilidade, promovendo a utilização da energia solar e a automatização de diferentes processos. No desenvolvimento de tecnologias mais apropriadas aos cultivos em mar aberto, bastante expostos de acordo com as características da costa portuguesa.
Mar 2020: faz acontecer com sustentabilidade!
